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Cadastro Positivo poderia injetar R$ 1 trilhão na economia

Constatação é do presidente da Serasa Experian América Latina, Ricardo Loureiro, que palestrou na Federasul

A reunião-almoço ‘Tá na Mesa’ da Federasul desta quarta-feira, 16, teve o presidente da Serasa Experian América Latina, Ricardo Loureiro, como palestrante. Ele abordou o tema ‘Crescimento Alavancado com Crédito’ e apontou que o Brasil cresce a taxas elevadas. Segundo ele, a diminuição do desemprego, a expansão da classe média, a redução da desigualdade de renda, o aumento do salário real, a estabilidade monetária e o aumento dos programas sociais têm contribuído para esse cenário positivo. Entretanto, o país ainda não entrou num consenso em relação à implantação do Cadastro Positivo, cujo projeto de lei tramita no Senado Federal. “Legalmente falando, ele já poderia ter sido implantado aqui, mas ainda existem interpretações jurídicas distintas”, observou. “Entretanto, na Coreia (do Sul) o cadastro já é um case de sucesso”, acrescentou.

Presidente da Serasa Experian América Latina, Ricardo Loureiro

Ricardo Loureiro comentou que, com a implantação do Cadastro Positivo, haveria uma queda de 45% na inadimplência. Além disso, haveria a inclusão de 19,7% da população não atendida pelo sistema financeiro, o que equivale a 26 milhões de pessoas. De acordo com o presidente da Serasa Experian América Latina, 62% da população poderia usufruir de taxas mais baixas e haveria um aumento da venda, expansão do parcelamento com menor valor de entrada e aumento do limite de crédito. “Isso significa a injeção de R$ 1 trilhão na economia”, justificou. Conforme Loureiro, com a ativação da economia, haveria um aumento do crédito e do Produto Interno Bruto (PIB), de 45% para 81%.

O Cadastro Positivo, apoiado pela Serasa, armazena compromissos, históricos e hábitos de pagamentos, num banco de dados, mediante autorização do consumidor. Quando esse consumidor for pedir um empréstimo ou comprar a prazo, a empresa credora pode acessar essas informações e estabelecer condições comerciais adequadas ao seu perfil de risco. Segundo o palestrante, em economias mais avançadas como dos Estados Unidos e da Europa, o consumidor não tem acesso a qualquer modalidade de crédito se não estiver cadastrado em um serviço de Credit Bureau. Tal como ocorre nesses países, o Credit Bureau é um cadastro de informações autorizadas pelo próprio consumidor e referentes ao seu comportamento no pagamento de compromissos financeiros, assumidos na contratação de crédito ou compras a prazo.

Fonte: Coletiva.net  Domingo, 20 de junho de 2010

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Site publicado em 04/05/2009
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