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Juros Bancários atingem  9,11% ao mês. Procon-SP divulga pesquisa de outubro que constata que a taxa média de juros do cheque especial sofreu leve aumento para 9,11% ao mês em relação à setembro (9,1% a.m.). A taxa média do empréstimo pessoal manteve-se estável. Exceto por um inexpressivo aumento na taxa média do cheque especial, as taxas mantiveram-se constantes em relação ao mês anterior.

 
No cheque especial a taxa média dos bancos pesquisados foi de 9,11% a.m., superior a do mês anterior que foi de 9,1% a.m., o que significa um acréscimo de 0,01 ponto percentual.
 
A única alteração foi promovida pelo HSBC, que aumentou a taxa do cheque especial de 9,51% para 9,55% a.m., o que significa um acréscimo de 0,04 ponto percentual, representando uma variação positiva de 0,42% em relação à taxa de setembro.
 
A taxa média do empréstimo pessoal dos bancos pesquisados manteve-se em 5,35% a.m. Não houve quaisquer alterações em relação às taxas praticadas em setembro.
 
O levantamento, feito pela equipe de pesquisa do Procon-SP em 15 de outubro, envolveu as seguintes instituições financeiras: Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica Federal, HSBC, Itaú, Safra e Santander.
 
Considerando que existe a possibilidade de variação da taxa do empréstimo pessoal em função do prazo do contrato, foi estipulado o período de 12 meses, já que todos os bancos pesquisados trabalham com este prazo. Vale lembrar, também, que os dados coletados referem-se a taxas máximas pré-fixadas para clientes não preferenciais, independente do canal de contratação, sendo que para o cheque especial foi considerado o período de 30 dias.
 
Na última reunião deste ano (ocorrida nos dias 19 e 20 de outubro), o COPOM – Comitê de Política Monetária do Banco Central decidiu manter a taxa Selic em 10,75% ao ano.
Apesar de alguns analistas reconhecerem que a inflação segue relativamente pressionada – principalmente por alimentos e serviços – e que a atividade econômica continua aquecida, sustentada pela vigorosa demanda interna, a opinião geral é que uma alta dos juros nesse momento impulsionaria ainda mais a valorização do real ante o dólar, movimento que o governo vem tentando combater.     
 
 De qualquer forma, para o consumidor final as taxas continuam altas e a contratação de empréstimos continua sendo uma operação arriscada, se não for bem planejada. Estamos assistindo a uma expansão do crédito e a uma inadimplência controlada, no entanto, a parcela da renda do consumidor destinada ao pagamento de juros vem aumentando consideravelmente, fruto de financiamentos cada vez mais longos. A cautela deve ser maior ainda na utilização do rotativo do cartão de crédito. 
 
22/10/2010
Assessoria de imprensa
Procon-SP

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Site publicado em 04/05/2009
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