Flávio Citro - Direito Eletrônico

Redes Sociais – Acompanhar o que as pessoas andam dizendo da sua marca no Orkut não é mais suficiente nos dias atuais.

Marcas líderes e bem sucedidas são aquelas que sabem ouvir seus consumidores e entender sobre o que estão falando. Estamos carecas de saber que hoje em dia empresa que não acompanha o que as pessoas dizem e pensam a respeito da sua marca estão longe de conseguir algum sucesso. Eu que sou do mundo conectado não entendo como as empresas ouviam o burburinho a seu respeito sem a internet antigamente. É tão fácil, hoje é só digitar sua marca no Google ou no Twitter e voilá, as palavras quase pulam do monitor. Tanta modernidade faz com que a notícia de ontem seja velha hoje. Acompanhar o que as pessoas andam dizendo da sua marca no Orkut não é mais suficiente nos dias atuais. Uma das redes sociais pioneira no Brasil já foi um dos melhores ponto de contato com os consumidores. Hoje existem tantas ferramentas para as pessoas escreverem sobre qualquer coisa na internet que a empresa que não tiver um bom planejamento nessa área pode e vai ficar para trás.

O Twitter chegou de mansinho, muita gente não sabia o que era, para que servia e como funcionava. 140 caracteres? As pessoas me seguem, como assim? E foi dessa forma que as empresas descobriram como manter um relacionamento bem próximo ao seu consumidor e saber quase que em tempo real o que ele está falando. Não é preciso ir muito longe, existe até etiqueta (!) para manter um perfil empresarial no Twitter.

Acontece que apesar de ser uma ótima ferramenta, ter um Twitter também já não é tão suficiente assim. O que falar do DrinkedIn? Vocês conhecem o LinkedIn, certo? Aquela rede social de currículos profissionais, onde as pessoas colocam suas experiências anteriores e deixam um perfil público para quem se interessar. O DrinkedIn nada mais é do que um LinkedIn para os alcoólicos de plantão. As pessoas se cadastram, criam um perfil e trocam informações sobre qual o melhor lugar para tomar cerveja, por exemplo. Os fabricantes da tal cerveja podem descobrir porque em determinada região a marca concorrente vende mais, ou por que aquele bar que sempre comprou seu produto parou de comprar de repente. Os perfis dos bares possuem fotos, mapa de localização e alguns até aquela ferramenta do Google para ver a localização em 360º. Todos podem comentar sobre o bar e deixar suas avaliações. Imagina o que uma experiência ruim de um cliente do bar pode fazer com a imagem da marca?

Falando em localização, e o Foursquare, você conhece? Uma rede social em que as pessoas colocam sua localização e descobrem o que tem de bom para comer, beber ou fazer ali perto, além de ficarem sabendo quem são as pessoas que estão por ali naquele momento, e se algum amigo que passou por perto nos últimos dias tem alguma dica legal. Simples. Foi em um restaurante e adorou? Adiciona lá no Foursquare e deixe seus amigos saberem. Não gostou do bar que foi na última sexta-feira, muito caro e o atendimento foi péssimo? Coloca lá como um dos lugares para não ir e faça com que seus amigos não percam tempo. Além disso, a rede possibilita que empresas se cadastrem para acompanhar de perto o comportamento de seus consumidores. Com isso elas tem acesso a relatórios de visitas, como “a(s) pessoa(s) que mais visitam/visitaram esta página”, por exemplo. É uma ótima forma de segmentar o perfil de consumidores que freqüentam o bar ou restaurante, por exemplo. Para os que não vivem sem celular com internet (ou internet no celular), a rede ainda tem um aplicativo para iPhone, Blackberry ou Smartphones em que as pessoas fazem um “check in” ao entrar em um lugar que aparece ali no mapa da Foursquare. Isso abre muita margem para empresas que desejam estreitar o relacionamento com seus principais consumidores realizem promoções especiais para os usuários que fizerem o “check in” lá no Foursquare. Afinal, quanto mais “check ins”, melhor a reputação na rede.

E quando você acha que já viu de tudo no mundo das redes sociais, eis que aparece uma voltada para a comunicação interna em tempo real de empresas, grupos ou organizações. Sim, o Yammer me foi apresentado recentemente eu confesso que fiquei surpresa. Não pense que é uma rede social para falar de trabalho apenas. Funciona como um Facebook, as pessoas da mesma empresa criam perfis e compartilham informações em tempo real sobre qualquer assunto de interesse. Diferente de MSN e Skype que normalmente não são permitidos nas empresas, o clima de rede social é tamanho que não se percebe que a conversa é somente com as pessoas que trabalham junto. Ali elas se tornam amigas de longa data. O melhor de tudo é que o Yammer tem um addon para o Firefox, assim como o Echofon e o Gmail Notifier. Ainda não tem versão para o Chrome, mas o mais legal ainda é que eles possuem uma página chamada de “feedback”, em que os usuários postam sobre o que sentem falta no Yammer, ou o que gostariam que o Yammer tivesse. Eles podem votar nas sugestões que mais gostaram e podem ainda comentar sobre ela. É como se fosse um abaixo assinado, as sugestões que possuem mais votos provavelmente são encaminhadas para a equipe de criação. Essa foi uma das melhores maneiras que eu já vi de identificar as lacunas no mercado e criar produtos que atendam as necessidades da maioria dos clientes.

Com tudo isso de informação rolando no mercado, adentrar no mundo das redes sociais chega a ser quase uma aventura a la Alice no País das Maravilhas. É um mundo paralelo onde as coisas acontecem muito rápido e pegar o fio da meada não é uma das tarefas mais fáceis de fazer. A dica é ficar sempre antenado nas tendências e novidades que surgem por ai e nunca duvidar da capacidade que as redes sociais têm de proporcionar estratégias de mercado eficientes para tratar com seu público alvo. Depois de um tempo imerso em novidades, informações e vida online, o mundo paralelo das redes sociais passa a ser nossa segunda casa.

04 de maio de 2010

http://www.abap-mg.com.br/2009/blog-ler.php?blog_id=477

 

Faça seu comentário.

Site publicado em 04/05/2009
www.flaviocitro.com.br - siteflaviocitro.com.br