Plataforma Internet Segura transforma-se em associação e tenta impedir acesso à pornografia infantil em defesa das crianças.
A Plataforma Internet Segura, uma estrutura informal que visa proteger crianças e jovens que navegam na Web, vai constituir-se em associação, em Janeiro próximo, e tentar que Portugal adira a um programa que impede o acesso à pornografia infantil.
A Plataforma Internet Segura foi constituída em Setembro de 2007 através de um desafio lançado pela Associação de Mulheres Contra a Violência (AMCV).Miguel Madeira
O principal objectivo desta estrutura informal é proteger as crianças e jovens que navegam ou poderão vir a navegar na Web, promovendo uma reflexão alargada sobre a segurança na Internet.
Margarida Medina Martins, da AMCV, explicou ontem à Lusa que agora esta organização informal vai constituir-se em Janeiro próximo em associação cujo nome ainda não foi decidido.
Actualmente fazem parte da Plataforma 15 organizações, entre as quais a Comissão Nacional de Protecção de Crianças e Jovens em Risco, o Centro de Competência da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, a Confederação Nacional das Associações de Pais, a Comissão Nacional de Protecção de Dados e o Consórcio Internet Segura.
Integram ainda a estrutura informal a Fundação para a Computação Científica Nacional, UMIC-Agência para a Sociedade do Conhecimento, Deco-Associação Portuguesa para Defesa dos Consumidores, EuKids Online, Fundação para a Divulgação das Tecnologias de Informação, Instituto Português da Juventude, Miúdos Seguros Na.Net, Polícia Judiciária, Associação de Crianças Desaparecidas e Rede de Bibliotecas Escolares.
No futuro, estas entidades e outras que possam vir a aderir – explicou Margarida Medina Martins – passam a integrar uma associação que irá trabalhar nesta área da protecção de crianças e jovens na Internet.
Um dos projectos já em curso será tentar trazer para Portugal – desafiando nesse sentido o Governo português – um programa já instalado noutros países que permite impedir o acesso a sites de pedofilia.
“Já pedimos reunião com o Ministério da Justiça para que se possa começar a trabalhar”, disse.
A Noruega, país mentor do projecto, denominado CIRCAMP, foi o primeiro a dar o passo na execução e aplicação de um filtro do género, ao qual se seguiu a Dinamarca e a Suécia.
Para que este projecto possa ser criado tem de ter a colaboração dos fornecedores de Internet de cada país para que estes se comprometam a evitar o acesso a sites onde se comercialize pornografia infantil.
Margarida Martins disse ainda que no âmbito da associação a criar em Janeiro será constituído um fórum alargado que integrará outros parceiros como a Google, que já se manifestou interessada em participar.
Relativamente à Google, adiantou, é feito o desafio para que divulgue e apresente as boas práticas que afirma ter em matéria de segurança de crianças e jovens na Internet.
Já a responsável da Google pelas questões de privacidade e propriedade intelectual em Portugal e Espanha, Bárbara Navarro, disse à Lusa que a empresa está interessada em participar em todas as estratégias que visam a protecção das crianças e dos jovens face aos perigos da Internet.
Bárbara Navarro adiantou que a empresa tem de raiz essa política de protecção ao nível dos seus produtos com ferramentas online, além de ter produzido um manual de segurança da família na Internet e de cooperar com entidades de diversos países em iniciativas de sensibilização nas escolas para os perigos da Web.
18.11.2009 – 11:04 Por Lusa
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