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O Supremo Tribunal da Espanha declarou “abusivas” várias cláusulas bancarias, provocado por recurso da Organização de Consumidores UCO.

 O Supremo Tribunal ordenou cancelamento de algumas cláusulas nos contratos de cartões de crédito, empréstimos e hipotecas para clientes do Banco Santander, BBVA, Caja Madrid e Bankinter, considerando-as como “abusivas”, “irracionais” ou “confusas”.

Em uma decisão divulgada ontem, a Divisão Civil do Tribunal de Grande Instância proveu em parte o recurso da Organização de Consumidores e Usuários (OCU) contra a decisão do Tribunal Provincial de Madrid tomada em 2005, para declarar inválidas uma série de cláusulas.

Entre as cláusulas declaradas inválidas agora pelo Supremo destacam-se especialmente as que responsabilizavam os titulares de cartões de crédito pelos danos ocasionados pelo roubo ou utilização fraudulenta do cartão, enquanto essas circunstâncias não forem comunicados às instituições financeiras.

O relator, Juan Antonio Rios Xiol, Presidente da Divisão Civil, afirmou que” a existência de uma perda ou furto deve ser comunicada sem demora, a partir do momento que o desaparecimento se tornou conhecido. No entanto, ele acredita que “as cláusulas de total isenção de responsabilidade para o banco de forma indiscriminada e sem qualquer qualificação ou modulação são injustas” e “desproporcionais”, pois “são muito freqüentes os casos nos quais o setor  de segurança da entidade detecta o abuso, alertando os próprios usuários que não sabiam “. Em conformidade com a cláusula excluída “em qualquer caso,” a responsabilidade do banco quando o PIN ou a senha para um cartão ou caderneta é obtido por coação ou força maior. Os juízes insistem em que “é sabido que em certas circunstâncias, os bancos podem prevenir abusos com a diligência que lhes é devida, em harmonia com os seus conhecimentos e equipamentos.”

Termos de empréstimos predatórios

Na cláusula sobre hipotecas, declarou abusiva a que proíbe a locação de imóveis hipotecados, apesar de admitir que tais ações podem diminuir o valor do imóvel.

Portanto os juízes entenderam que a renda decorrente dos aluguéis pode ser cobrada do proprietário como compensação pela “diminuição de valor” que o contrato de locação pode causar ao banco em caso de incumprimento do crédito e da necessidade de execução da hipoteca.

O Supremo também proibiu que as instituições financeiras incluam nos contratos cláusula prevendo que, em caso de demissão ou transferência  o cliente hipotecário informe sua transferência para outra entidade. “Seu caráter é inquestionável abusiva”, porque “é uma renúncia ou limitação dos direitos do consumidor”, afirma a sentença.

Quanto aos empréstimos, anulou cláusula que permitia a compensação pelo Banco Santander de créditos de clientes que têm saldos positivos em outros produtos.

EFE  Comunidade de Madrid  (Tradução livre)

 

TEXTO ORIGINAL

 

La sentencia parte de una denuncia de la Organización de Consumidores OCU.

 
 
efe
madrid

El Tribunal Supremo ha ordenado anular varias cláusulas incluidas en los contratos de tarjetas de crédito, préstamos e hipotecas que suscribían los clientes del Banco Santander, BBVA, Bankinter y Caja Madrid por considerar que son “abusivas”, “desproporcionadas” o “confusas”.

En una sentencia publicada ayer, la Sala de lo Civil del Alto Tribunal estima así parcialmente el recurso que interpuso la Organización de Consumidores y Usuarios (OCU) contra la decisión que tomó en 2005 la Audiencia Provincial de Madrid de declarar válidas varias de las cláusulas denunciadas.

Entre las anuladas ahora por el Supremo destacan especialmente las que descargaban en los propietarios de tarjetas o libretas los perjuicios acarreados por su robo o uso fraudulento, en tanto en cuanto esas circunstancias no fueran comunicadas a las entidades financieras.

La sentencia -en la que ha actuado como ponente el presidente de la Sala de lo Civil, Juan Antonio Xiol Ríos- establece que “la existencia de un extravío o sustracción debe comunicarse sin demora indebida desde que se conoció la desaparición”.

No obstante, cree que “las cláusulas que eximen de total responsabilidad a la entidad bancaria de manera indiscriminada y sin matización o modulación alguna son abusivas” y “desproporcionadas”, ya que “son harto frecuentes los casos en que la diligencia de las entidades advirtió utilizaciones indebidas, avisando incluso a los usuarios, que lo desconocían”. En la misma línea sitúa las estipulaciones que excluyen “en todo caso” la responsabilidad de la entidad bancaria cuando el PIN o contraseña de una tarjeta o libreta es obtenido por coacción o fuerza mayor. Los magistrados insisten en que “es notorio que, en ciertas circunstancias, las entidades bancarias pueden advertir utilizaciones indebidas empleando la diligencia que les es exigible en armonía con su experiencia y medios técnicos”.
 

Cláusulas de hipotecas abusivas

En el apartado de hipotecas, declaran abusivas las cláusulas que prohiben el arrendamiento de fincas hipotecadas, si bien admiten que este tipo de acciones pueden disminuir el valor del inmueble.

Por ello, los magistrados abogan por que en estas cláusulas se concrete la renta que debe exigir el propietario para que se corrija “la disminución del valor” que el arrendamiento pueda ocasionar al banco en caso de impago del crédito y de necesidad de ejecución del inmueble.

El Supremo también rechaza que las entidades financieras puedan incluir en los contratos la renuncia del cliente que recibe un préstamo hipotecario u otra clase de créditos a ser informado de su cesión a otra entidad. “Su carácter abusivo resulta incuestionable” porque “supone una renuncia o limitación de los derechos del consumidor”, argumenta la sentencia.

Respecto a los préstamos, otra de las condiciones anuladas es la que permitía al Banco Santander compensar deudas de clientes con aquellos saldos positivos que tuvieran en otros productos, aunque no fueran los únicos titulares.

 

 

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Site publicado em 04/05/2009
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