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Câmaras de bronzeamento artificial proibidas pela Justiça Federal a partir de 22/01/2010. Segundo a Anvisa e a Agência Internacional para Pesquisa sobre Câncer (IARC), ligada à Organização Mundial da Saúde, comprovado o risco de câncer de pele.

Câmaras de bronzeamento voltam a ser proibidas

RIO – O uso de câmaras de bronzeamento artificial voltou a ser proibido nesta sexta-feira, dia 22. A decisão reverte uma tutela concedida à Associação Brasileira de Bronzeamento Artificial (Abba) que liberava as câmaras nas clínicas de estética em vários estados do Brasil. Segundo a Anvisa, é comprovado que este tipo de bronzeamento triplica o risco de câncer de pele. No dia 11 de novembro de 2009, as câmaras de bronzeamento artificial foram proibidas para fins estéticos no país. No início de janeiro, as câmaras foram liberadas em alguns estados.

A proibição foi motivada pelo surgimento de novos indícios de agravos à saúde relacionados com o uso das câmaras de bronzeamento. Um grupo de trabalho da Agência Internacional para Pesquisa sobre Câncer (IARC), ligada à Organização Mundial da Saúde, noticiou a inclusão da exposição às radiações ultravioleta na lista de práticas e produtos carcinogênicos para humanos.

O estudo indica ainda que a prática do bronzeamento artificial aumenta em 75% o risco do desenvolvimento de melanoma em pessoas que se submetem ao procedimento até os 35 anos de idade. A resolução da Anvisa também afirma que não existem benefícios que se contraponham aos riscos decorrentes do uso estético das câmaras de bronzeamento.

A proibição não se aplica aos equipamentos com emissão de radiação ultravioleta destinados a tratamento médico ou odontológico. Antes da decisão da Anvisa, o tema foi discutido com a sociedade em uma consulta pública e uma audiência pública, realizadas em setembro do ano passado.

Publicada em 23/01/2010 O Globo

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Site publicado em 04/05/2009
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