RIO – Representantes do Procon-RJ e da BRF, dona da Elegê, reuniram-se nesta terça-feira para tratar da proibição da venda dos leites da marca no estado. Como a BRF demonstrou que o teor de gordura presente nos tipos integral e semidesnatado não permite a alteração das características do alimento, como ocorreu em algumas unidades do desnatado, o Procon estadual liberou a venda desses dois produtos lácteos da Elegê em todo o estado. A comercialização do leite desnatado da marca, alvo de reclamações registradas pelo órgão, continua proibida.

A BRF se comprometeu com o Procon estadual a apresentar laudo técnico, realizado por um laboratório credenciado ao Mapa, dos lotes de leite desnatado Elegê que a empresa reconhece terem sofrido adulteração de sabor, aparência e coloração (CDSA 16:53 3, CDNZ 23:55 3 e CDVP 06:09 3) e de outros dois lotes, com o objetivo de comparar e demonstrar que o problema se limitou aqueles três lotes.

O Procon Carioca anunciou nesta segunda-feira que o consumidor que comprou leite desnatado Elegê fabricado nos dias 31 de dezembro, 8 e 14 de janeiro poderá trocá-lo a partir de hoje no local onde o adquiriu. A decisão faz parte de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado entre a secretária municipal de Defesa do Consumidor, Solange Amaral, e a BRF, dona da marca para a liberação da venda da marca no município. O acordo prevê também o pagamento de R$ 150 mil a um fundo, para permitir novas ações em prol dos consumidores, além da veiculação de anúncio na mídia sobre o problema e com os dados dos três lotes envolvidos.

Já representantes da LBR, empresa responsável pelos leites Parmalat e Líder, também estiveram no Procon estadual e apresentaram memorando do Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) atestando que os leites sob suspeita não estão contaminados.

O GLOBO