Flávio Citro - Direito Eletrônico

Piques de luz passam a ser nova fonte de dor de cabeça para os consumidores, queimando aparelhos elétricos.

Piques de luz passam a ser nova fonte de dor de cabeça para os consumidores, queimando aparelhos elétricos.

RIO – Os apagões tornaram-se menos frequentes no Rio. Em contrapartida, o carioca passou a conviver, neste verão, com constantes oscilações e quedas pontuais de energia. Mais do que transtornos, para alguns consumidores o problema significa também prejuízo. É o caso da dona de casa Mirian Lúcia Monteiro Chagas, de 62 anos, que mora com o marido e dois filhos num condomínio em Jacarepaguá: em janeiro, o motor de sua geladeira duplex queimou; este mês, foi a vez da placa de comando do refrigerador.

- Em janeiro houve três piques de luz. Este mês foram pelo menos dois. Não temos tempo de desligar os aparelhos. Chamei três técnicos, que condenaram o motor da minha geladeira. O da autorizada cobrou R$ 1.200. Optei por trocar o motor por um de outra marca, por R$ 600. A placa voltou a funcionar, mas está com problemas. Troquei toda a fiação da minha casa e as minhas instalações são trifásicas.

( Você já teve prejuízos com oscilações de energia? Conte para a gente )

Há menos de 15 dias, na Rua José Higino, na Tijuca, o problema não atingiu uniformemente os prédios. Num mesmo edifício havia imóveis totalmente e outros parcialmente sem luz. O síndico do 359, Fernando Araújo, por exemplo, ficou com parte do apartamento às escuras:

- A Light informou que teria ocorrido queda de tensão. Meu carro dormiu na rua porque não tinha como abrir o portão da garagem. Quando entrei em casa, o ar condicionado do meu quarto funcionava.

Por causa da interrupção parcial de energia, no fim do ano a dona de casa Marize Brandão Moura e o marido tiveram de passar dois dias subindo de escada os dez andares do prédio, em Jacarepaguá.

- A luz ficou fraca. Não tinha força suficiente para o funcionamento do elevador. Alguns lugares da casa tinham luz e outros, não. A geladeira estalava. Só não queimou porque desliguei.

Até que sanasse o problema, o que levou alguns dias, a Light instalou um gerador no prédio de Marize. A concessionária fez o mesmo no Central Tijuca, na Rua Conde de Bonfim 232, que tem nove andares e 102 salas – 95% delas são de consultórios médicos e dentários.

Light atribui problema a sobrecarga

O diretor de Distribuição da Light, José Humberto Castro, explicou que, em áreas carentes, as oscilações de energia são causadas especialmente por “gatos”, que provocam sobrecarga na rede. No restante da cidade, disse Castro, o problema pode ser da concessionária – rede mal dimensionada e defeito de cabo, por exemplo – ou do consumidor.

-A Light dimensiona os cabos de entrada e os disjuntores dos relógios conforme o pedido feito pelos consumidores. As instalações antigas, em geral, são monofásicas e, com o calor, as pessoas ligam muitos equipamentos ao mesmo tempo, podendo ocorrer sobrecarga – afirmou.

Publicada em 26/02/2011 às 22h28m

Selma Schmidt

DÚVIDAS: A LIGHT ESCLARECE DÚVIDAS ATRAVÉS DA SUA AGÊNCIA VIRTUAL (WWW.LIGHT. COM.BR/ RESSARCIMENTO) E DO DISQUE-LIGHT (0800-282-0120). O CONSUMIDOR PODE AINDA PROCURAR O PROCON/RJ (2332-6670 OU WWW.PROCON.RJ.GOV.BR). A ANACONT/RJ TAMBÉM PODE DAR ORIENTAÇÕES: 2223-0500 OU ANACONT.WORDPRESS.COM.
 
 
PRAZOS: O consumidor tem até 90 dias corridos para encaminhar queixa à concessionária. A distribuidora tem então dez dias corridos para fazer inspeção e outros 15 para informar se cabe ressarcimento, que deve ser feito em 20 dias. Se a solicitação de ressarcimento não for aceita, a empresa deverá apresentar com detalhes as razões da negativa e informar ao consumidor o direito de apelar à agência reguladora estadual conveniada ou à própria Aneel.

A QUEM APELAR: Procon (2333-0011 e 2333-0014 ou Juizado Especial Cível.

27/02/2011

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Site publicado em 04/05/2009
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