BRASÍLIA (AE) – As empresas que constantemente são alvo de reclamações pelos consumidores estão na mira do Ministério da Justiça. Na última segunda-feira, a Pasta enviou à Casa Civil dois anteprojetos de lei que abordam a questão para serem encaminhados ao Congresso Nacional até o fim do ano. O primeiro documento prevê a punição de empresas que estão sempre nas listas das “mais mais” dos Procons. O outro cria os SuperProcons, já que visa a fortalecer esses órgãos.
“O Código de Defesa do Consumidor (que completou ontem 20 anos de vigência) é moderníssimo, mas não satisfaz todas as condições de consumo, por isso o desfio normativo ainda se impõe e deve seguir sendo implementado no Brasil”, disse o ministro Luiz Paulo Barreto, ontem, após participar da abertura do VII Congresso do Sistema Nacional de Defesa do Consumidor, realizado em Brasília.
De acordo com Barreto, por conta dessa percepção, o Ministério elaborou um estudo sobre “dano punitivo”, estabelecendo de que maneira se poderá acionar uma companhia pela recorrente reclamação dos consumidores. “Percebemos que muitas empresas apostam apenas na reclamação (por parte dos consumidores, e não na punição efetiva)”, afirmou. Ele não entrou em detalhes sobre o anteprojeto, como a discriminação das punições ou sobre como uma empresa poderá ser enquadrada se o projeto for aprovado pelo Legislativo.
Barreto informou ainda que deseja o fortalecimento e a ampliação das atividades dos Procons. Além da aplicação de multas, esses órgãos poderão, de acordo com o ministro, estabelecer “medidas corretivas” aos fornecedores que descumpram os direitos dos consumidores.
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