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UE quer tirar 20 milhões da pobreza

pobreza-ueA União Europeia estabeleceu ontem o objectivo de tirar 20 milhões de cidadãos europeus da pobreza nos próximos dez anos. Num encontro dos ministros dos Assuntos Sociais dos Estados-membros, no Luxemburgo, foi definido que esta meta, que envolverá também as ONG, deverá ser alcançada através de planos nacionais de combate à pobreza.
Segundo dados do instituto de estatísticas europeu Eurostat, cerca de 16 por cento dos europeus vivem na pobreza, o que representa 80 milhões de cidadãos, entre eles 19 milhões de crianças. A meta agora estabelecida pretende também que a taxa de emprego seja, em 2020, de 75 por cento entre as pessoas dos 20 aos 64 anos de idade, adiantou a AFP.
Na cimeira europeia realizada em Março os Vinte e Sete não tinham chegado a acordo quanto à definição de uma meta para combater a pobreza.
Em causa estava, por exemplo, a forma como se iria definir a população ameaçada ou exclusão social. Ontem os ministros dos Assuntos Sociais da UE concluíram que poderá haver três critérios para essa definição. O primeiro, e o mais comum, considera que as pessoas que vivam com menos de 60 por cento do rendimento médio nacional representam um “risco de pobreza”, situação em que se encontram 16 por cento dos cidadãos europeus.


Cerca de 16 por cento dos cidadãos dos países da UE vivem na pobreza, entre eles 19 milhões de crianças
Vários Estados-membros consideraram, no entanto, que esse critério não é suficiente para determinar a amplitude da pobreza, por isso foi decidido usar outros dois critérios:
a falta absoluta de bens essenciais e o facto de se viver em famílias sem emprego. De acordo com os três critérios, haverá 120 milhões de pessoas pobres no espaço comunitário.
O objectivo de retirar 20 milhões de pessoas da pobreza até 2020 foi considerado ambicioso pelos representantes de vários países. A Suécia sublinhou que a criação de emprego será a melhor forma de combater a pobreza e a exclusão, enquanto a Grécia, duramente afectada pela crise económica, prometeu perseguir a meta estabelecida “na medida do possível”. A República Checa, por outro lado, salientou o facto de ser ainda difícil de prever o impacto da actual crise económica.
Cada Estado-membro terá agora de fixar um objectivo e um plano nacional de acção. Fintan Farrell, director da Rede Europeia Antipobreza, congratulou-se por ter havido um debate “ao nível dos ministros e à escala europeia”.

 

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Site publicado em 04/05/2009
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